quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vazio


"[...] é qualquer coisa de inominável e intraduzível, aquilo que se sente qunsdo algo não está em nós.

Falta.

Ausência.

Ou o muito que nos silencia contra o próprio silêncio.

Uma sensação, um gosto, gastura, sei lá.

A hipótese não testada, a hipótese gestada e não parida.

A gente sem a gente em algum lugar de nós mesmos."
O VIRTUAL É REAL E O REAL É ABSURDO!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Imagens Absurreais!!! Minhas prediletas...





























































Coisas de Magritte... conversas com a visualidade

GTU em 11/05/2010

"[...] Telas surreais nas quais se grifam imagens dispares "estranhamente emolduradas" nas quais figuram bonecos, manequins, maçãs, objetos diários com toques de obscuridade, com toque sombrio predominante e voluptuoso.
Em quatro espaços na tela o mesmo cenário e em apenas um deles um homem figura solitário levando- me a pensar que sua existência é o vazio e que se não estivesse ali o quadro por si mesmo seria a obra.
Em René Magritte lemos: desespero, tenacidade, mãos largas e rudes, recorte, vazamento, simultaneidade. A cena realística cortada pela ilusão que o artista imprime em cada traço.
Simultaneamente: cenas absurdas e efêmeras, tempo-passagem; céu, nuvens, salto mental do MUNDO INTERNO PARA O EXTERNO E DO EXTERNO PARA O INTERNO ( uma locomotiva na chaminé desloca nossa imaginação numa viagem infinda de possibilidades por dentro dela.
O rosto do homem na nuca aciona o olhar para dentro, ambiguidade: há um observador invisível?! Quem o observa? Quem observo e quem me observa?!
Objeto sobre objeto, justaposição, transposição irreal.
Imagens vem e vão, são recorrentes e divagam nele e em mim: leão, homem, árvore, luar, céu azul com nuvens brancas, nu feminino, alteração do tamanho dos objetos, rompimento de convenções.
"A rosa enorme dentro do quarto toma posse dos sentidos e emoções do espectador". Corpo decapitado, chapéu-coco, terno nobre e elegante, sacada de pedra, são outras que ficam.

O absurdo nas telas de Magritte é dele e é nosso, de outrora e contemporâneo como a tela deste computador.

Essa me dá as suas visões de mundo, as telas de René me dão a dimensão de mim.

Eu não as elejo, elas sim, me convidam a olhar e sentir, sentir e olhar de novo... olhar, olhar, olhar."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Apresentando a equipe dinamizadora do GTU em 2010


Dentro do projeto, a equipe está dividida em coordenações que comandam subequipes de trabalho em áreas específicas em diálogo com a coordenação geral do projeto. Abaixo os cargos, os nomes e as funções:


Coordenação do projeto – Ives Oliveira
Tem como objetivo cuidar para que cada coordenador de área específica mantenha os compromissos acordados no projeto, levando em consideração os objetivos, metas, cronograma e orçamento, bem como manter a expectativa do resultando esperado, satisfazendo o elenco, patrocinadores, curadoria e equipe;


Assistência de projeto – Patrícia Zulu
Auxilia o coordenador de projetos nas suas atribuições, faz a ligação entre as demais coordenações e é responsável pelas atividades administrativas do projeto;


Coordenação de dramaturgia – Rosilene Cordeiro
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco selecionam textos dramáticos para estudos e discussão entre todos, e incentivam a composição dramatúrgica de acordo com as necessidades da encenação;


Coordenação de teatro – Ana Marceliano Nunes
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e preparador corporal realiza pesquisa de exercícios corporais, voz e dicção, jogos teatrais e dinâmicas de grupo, adequados a necessidade do trabalho e da encenação, bem como aplicação destes ao elenco;


Coordenação de visagismo – Esmael Raymon
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco criará o visual, discriminado em maquiagem, cabelo e acessórios;


Coordenação de figurino – Hilssy de Nazareth
Responsável pela equipe que junto com a direção e elenco desenha e/ou providencia o figurino, de acordo com as necessidades da encenação;


Coordenação de cenografia – Álvaro de Sousa
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco projeta os adereços e cenário, e supervisiona a construção, pintura e instalação deste;


Coordenação de música – Diego Vattos
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco criará a sonorização da cena, bem como a pesquisa de instrumentos de acordo com a necessidade de encenação;


Coordenação de iluminação – Marckson de Moraes
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco criarão projetos de luz para a cena;


Coordenação de vídeo – Marcelo Marat
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco constroem roteiro de cenas e ações para o vídeo a partir de pesquisa no contexto da encenação e outras fontes;


Coordenação de pesquisa, estudo e discussão – Giovana Miglio
Responsável pela equipe que juntamente com a direção realiza pesquisa de comunicações que versem sobre a temática do projeto, organiza e promove o estudo e discussão entre os participantes, incentiva e controla os registros do processo (diário de bordo);


Pesquisador convidado – Erllon Viegas
Realiza o registro etnográfico do processo;

Dentro da encenação, da montagem da instalação cênica prorpiamente dita, a equipe está dividida em direções de áreas específicas em acordo com a direção geral. Abaixo os cargos, os nomes e as funções:


Direção geral – Ives Oliveira
Responsável pela coordenação geral de todos os aspectos envolvidos com a encenação, em conjunto com todas as direções específicas;


Direção de elenco – Rosilene Cordeiro
Responsável de ensaiar o elenco, em acordo com decisões em conjunto com a direção geral;


Direção de palco – Ana Marceliano Nunes
Responsável pela sincronia da encenação entre todas as suas áreas, bem como a organização de atores em cena, as luzes, o som, cenário, adereços, vídeo e contra-regragem;


Direção musical – Diego Vattos e Rubens Santa Brígida
Responsável pela organização dos sons dentro da encenação;


Direção de vídeo – Marcelo Marat
Responsável por todas as etapas da criação do vídeo, desde a especificação do equipamento necessário, passando pelo posicionamento dos instrumentos e pessoas durante a gravação, até a edição;


Direção de arte – Álvaro de Sousa
Responsável pela concepção visual, orientando os trabalhos cenografia, figurino e visagismo, a fim de obter uma coerência visual;


Assistência de direção – Breno Monteiro
Auxilia a direção em todas as suas atribuições, facilitando o diálogo entre esta e produção que resulta na criação de condições para o trabalho de ambas;


Produção – Patrick Pimenta
Responsável pelos aspectos administrativos, financeiros, de marketing e publicidade;


Preparador Corporal – Leandro Haick
Responsável pela equipe que juntamente com a direção, propõem e aplica exercícios físicos de experimentação em diversas técnicas corporais;


Músicos – Diego Vattos, Gabriela Maurity, Ramón Rivera, Rubens Santa Brígida e Wanessa Solli
Responsável pela reprodução da trilha sonora durante a encenação;


Consultoria – Edson Fernando
Ajuda a equipe na busca da melhor maneira de resolver problemas específicos, dando conselhos ou pareceres acerca do assunto.


As funções foram discutidas e acordadas em reunião com toda equipe.


Disponível em http://aeionesco.blogspot.com/2010/04/se-apresentando.html
Postado por Ives Nelson.
Publicado sábado, 10 de abril de 2010.

domingo, 9 de maio de 2010

A mulher utilitária e o objeto inútil- GTU 06/05/2010

"Querido diário,

Hoje saí de casa sem pressa, com meu guarda-chuva caricato à mostra... ganhei as ruas e a atenção da "cidade" que me viu descontraída com ele na mão.
Por que um objeto inútil? Que dizer de um guarda-chuva vazado numa tarde chuvosa justamente para qual ele havia sido pensado em sua funcionalidade subalterna?!

Chovia fino. O que uma pessoa aparentemente sã como eu fazia com aquele objeto estranho e inútil, às voltas numa tarde nebulosa e fria como aquela?rr
Sair sem pressa não significa ir devagar, significa não atropelar o tempo pra sentir a vida atravessar a gente com suas olhadelas de paquera...
Passadas largas: 01 ônibus+outro ônibus+trânsito parado+ balanço no ônibus= relógio correndo.
Às 18h40 portas abertas, enfim!
Grupo concentrado no exercício da raíz.
Um, dois, três: salto! Exército de volta a campo, marcha, máquinas, sincronia fugídia: imprecisão, loucura, surto, falta de ar.
o rítmo cadencia os corpos passantes naquela sala também levemente fria. O Renato parece mexido, respira veloz, trepidando e apertando os olhos.
A Luciana assopra pra respirar melhor; tem quem limpa o rosto, quem enxuga a face, quem morde os lábios: teatro é isso, puro e totalmente sensação, sentido!
Deitados exatamente "aí!", pernas alongadas, contração do abdômen.
A Flávia tirou o adereço do cabelo para os dedos tingidos de coral sentirem melhor o chão. Deitada ali eu a vi toda menina e toda obediente como o teatro nos solicita em busca de sua feitura.
É bom vê-la crecente, resistindo a tudo com entrega e despojamento.
Dor é um fato, um ato, uma opção.

Quatro grupos (7+9+9+9) prontos pra jogar...
Hoje só tem 54?
Já estou me acostumendo às multidões.rrr
É impossível desconsiderar o tempo, o fluxo, o desejo e a demanda de quem está aqui.

Ah! O Roberto ligou pra avisar que está doente, esqueci de avisar...foi mal!!
precisei ir, aula da Karine, não dá pra perder. Tenho uma monografia pra escrever.
A mulher utilitária volta a cena...."

"Absurdamuda incomunicabilidade humana!!!"

"6h30- Acordo às pressas;
Manhã- Rotina intensa, minha casa em obras, rua interditada, trabalho, muito trabalho: atendimentos diversos na escola.
E O GTU COM ISSO?!
Informes, recados, reunião, agenda apertada, conflitos pra resolver;
Às 12h30 almoço às pressas... entre TIM e OI pra atender.
Às 14h filho no dentista.
Às 16h30 ligam da escola: meu filho diabético com enxaqueca. Corri pra escola, peguei um táxi, voltei pra casa às pressas...
E O GTU COM ISSO?!
ÀS pressas: filho recuperado, pego roupa
de ensaio, guarda-chuva, chuva torrencial; itinerário do ônibus mudado, minha rua interditada, alagamento, caos no trãnsito na saída de icoaraci.
E O GTU COM ISSO?!
Chego na ETDUFPA às pressas, às 18h45, portas fechadas...
Entender?! Claro...
Insisti o quanto pude, depois entendi: O GTU NÃO TEM NADA A VER COM A MINHA VIDA.
Vim unicamente pro ensaio pois tenho plantão às 19h00 em Outeiro...
Voltei ás pressas, PRA OUTEIRO!!
Finalmente entendi!
Compreendi que eu é que preciso rever minhas prioridades."

E foi assim o dia 04/05/2010

Bem vindos ao teatro do absurdo!!


Conversamos sobre o projeto.
Agora não tem volta: o inusitado espera por nós!!!!!!!!!!!!!!!
"Apalavra não diz, TAGARELA!!!" (Eugene Ionesco)

Sem ar não dá!!

Comecei a jogar.
No início tudo ia bem até... até que o ar me fez parar.
Parando o ar tudo pára: o tempo, a graça, o meio, tudo fica fim.
Desisti.
Saí pra sentir o ar e por um instante pensei no quanto é bom respirar... pra viver.
Latas, sons, concentração...tudo o que sei é que o ar que me dei tornou possível essa escrita cheia de fôlego novo, revigorado.

Um diário para quê mesmo?!


"Um diário é um amigo? Uma companhia? Também. Mas é sobretudo a duplicação da gente mesmo, espelho que não se apaga quando o rosto se retrai ou muda, álbum de retratos que conserva muito mais que um belo sorriso e a paisagem de fundo. Quieto, compreensivo, calmo, o diário está ali, aberto e limpo. Oferecendo seu espaço, no qual você vai desenhar a sua vida e ele apenas... receber. Ele não tem recriminações a fazer, ele não diz que a culpa é sua, ele não encosta dedos na ferida. Como uma cama, como um mar, ele recebe. Você escreve muito se a emoção é forte, vai e volta e repete e repisa o mesmo assunto. Ninguém conta seu tempo, ninguém conta suas páginas. Você pode escrever até a mão cansar, até a alma aliviar. Você pode escrever e escrever e escrever. Ele aceita. E quando não quiser escrever mais, é só fechar e guardar o diário que ele mais nada exigirá. Não me diga que não tem o que contar. Você é o centro do seu universo, nada é mais importante do que aquilo que lhe diz respeito. Isso é que faz o encanto do diário. Se fosse usado apenas para registrar a queda do governo ou a evolução dos projetos orbitais, seria desnecessário, porque para isso já existe a imprensa, os arquivos, os registros da memória nacional. O diário serve justamente para conservar o pequeno acidente humano e individual, sua discussão com um amigo, o namoro lancinante, a dúvida sobre a roupa para usar naquela festa... O diário serve para conservar você."


(Marina Colasanti)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Outros olhares do "nosso lugar"... GTU em cena

7º Dia de Encontro

Grupo em polvorosa freneticamente distribuído em 5 subgrupos de puro suor e riso.
Corpos separados por uma tênue camada de espera.
Em cena, corredores humanos perfazendo um só percurso: movimentos sincronizados e palavras embalam o exercício de aquecimento.
"EU ESTOU AQUI!" é a palavra de ordem do grupo 1. Vamos juntos, agitados, imprecisos e ofegantes em busca do lugar a frente. Somos muitos... Um no todo que desliza breve e imperativo.
Corpos entrelaçados por uma narrativa fria, ecos ressoam...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

corpo- palavra, palavra-corpo,corpolava, copolavra, LAVRACORPO palacorp...


6º dia- noite ou noite dia do GTU em cena


QUE BOM!


Uso da palavra de diferentes formas e em diferentes contextos, silêncio, tensão silenciosa, jogos explorados de forma interativa e dinâmica, trabalho de alto teor coletivo, improvização colaborativa, participação expressiva do grupo em cada momento dos exercícios propostos, bom aproveitamento do tempo, deixar uma questão "suspensa" (cenas para a presentação no ensaio seguinte) estimulando opensar a ação.


QUE TAL?Trabalhar de forma mais dialogada com os preparadores corporais e que as atividades de aquecimento desenvolvidas por eles já tenham uma relação com a proposta a ser trabalhada no dia lincando objetivos, trabalhar menos jogos e ter maior aproveitamento, refazer os exercícios propostos na perspectiva de aprimorá- los, conter as palmas que acabam "distraindo" bem mais que favorecendo o olhar criterioso gerando novas e crescentes aprendizagens, fundamentar teoricamente a metoestou adotada aprofundando conceitos de incomunicabilidade e significados/ funções da linguagem.

PALAVRA DISPARADA: COTIDIANO


COTIDIANO

COTIANO

CONTIADINO

CONTI

CONTO

ANO, ANO, ANO

DIA, DIA, ANO, ANO

COTA, NOTA, CONTINUANDO...

A palavra é: "cotidiano". COTIDIANO comunica


Histórias de bichos

1- Fiquei olhando para o cachorro com simpatia, depois que o dono me disse que ele era de uma raça polar que trazia na sua composição genética/ a disposição para enfrentar ursos, mas tinha que viver trancado no apartamento./ Teríamos muito sobre o que conversar, o cachorro e eu. Lhe confessaria a minha suspeita de que eu também não estava cumprindo meu destino biológico na Terra.

2- Uma vez demos um hamster para as crianças/ e o hamster fugiu da sua gaiola e desapareceu / dentro de uma estante de livros./ Nunca mais foi encontrado./ Durante muito tempo imaginamos que ele reapareceria/ e voltaria gordo e cambaleante, para a sua gaiola./ Atrás do que também nos falta:/ tempo e paz para digerir os / que consumimos com mais voracidade do que método. /Mas o hamster nunca reapareceu. /Desconfiamos que morreu de excesso de cultura.

3- Um amigo me contou/ que seguira os rastros de uma falange de / atravez da sua biblioteca./ Os cupins tinham atravessado coleções inteiras, /capas duras e brochuras,/ deixando atras de si um único túnel/ contínuo e caprichado./ Só tinham interrompido sua marcha uma vez:/ para devorar uma ilustração de pagina inteira ,um dos volumes./ Segundo o meu amigo, a ilustração era de uma biblioteca.

4- Minha infância foi sem bichos mas certa vez/ um gato começou a frequentar, por sua conta, nosso quintal./ Era todo branco e tinha um olho azul e o outro cinza./ Ficou durante anos, nunca entrou na casa e um dia desapareceu,/ tão misteriosamente quanto aparecera./ Talvez tivesse sido alertado pelo nome que lhe demos/ « Bobi »./ Claramente, não éramos pessoas/ com as quais queria ter muita intimidade./

5- Nossos filhos ganharam de presente uma boxer, que chamaram de Rosinha./ A Rosinha cresceu sem muitos cuidados, e fora da casa./ O que deve tê-la marcado, psicologicamente./ Tanto que nas raras vezes em que permitíamos que ela entrasse na casa,/ ou que ela escapava para dentro, tornava-se frenética/ Entrava correndo, derrubando tudo e fazendo xixi por onde passasse,/ inclusive nos pés das visitas./ Era o contrário de cachorro de apartamento:/ liberdade, para ela, era sair da rua e entrar na casa,/ o que também lhe dava a ilusão adicional de ser parte da família./ É claro que não ficou muito tempo conosco./ Não me lembro qual foi seu destino./ E é preciso dizer que no caso de alguns visitantes, /ela só fazia nos seus pés o que a boa educação nos impedia de fazer./

6- Outro amigo contou que, numa visita a um museu de História Natural, apontou um esqueleto de dinossauro e disse para o filho menor que o bicho estava extinto havia 100 milhões de anos. E o filho perguntou : «Isso dá quanto em idade de gente ? »

Disponível em: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/08/06/historias-de-bichos-211680.asp
Acessado em 15/4/2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Relatos de uma ausente - 5º Encontro



A coluna tava uma merda literal!!! Dormi mal, muito mal e a custa de analgésicos, vários. Mas o que seria de nós, pobres atores faltosos sem a tecnologia e os bons amigos que tem máquina fotográfica!!!!
O Patrick é meu amigo e, a propósito, temmáquina fotográfica, assim...
"A AULA" Por uma atriz- ausente, gentilmente cedida por seu amigo mui caro Patrick Pimenta!!
























"São 18 horas!"


Quarto dia...
Meu querido amigo público DIÁRIO!!

Correria de sempre. Não adiantou.

Entramos alguns minutos atrasados pois a turma do Curso Técnico atrasou sua saída!!rrrrrr (E a metereologia adverte: MOTIVO BOM PRA CONHECER AS PESSOAS!!!)

Mas parece que isso foi gás pra atraso da gente também.

A turma se es-bal-dou numa quadrilha e numa dança que poderia , inclusive varar a noite... de tão boa q tava!!

Numa sequência às avessas um corpo que vai ao chão e que "revive" seus dias de bebê à fase adulta, experimentando isso a 2, 4 15, 35, 72, 80... Ufa!

Senti falta do Ilaroque e do Roberto. Já identifico a Luciana, O josé, conheci o Renato, o Alex, a Grazi, a Marília e a Isabelle. Acho que a gente passa a conhecer as pessoas quando consegue sentir a falta delas na multidão...

"Jogos de marinheiro", disputa em cena e guarda- chuva na roda: incêncio na floresta, mina, fundo do mar, outro planeta, enfin. Tudo vale pra "combater".

Guarda- chuva do carnaval, e outro com uma inscrição de nome JOSÉ. Tem um José no grupo e acho que ele será um bom aliado.
Hoje o Alex falou do medo e da sua timidez. O Maycon ficou surpreso quando ouviu seu nome ressoar na sala e dividiu também conosco suas impressões sobre o dia de hoje.
Verbalizar é um privilégio num tempo de profunda e quase INCOMUNICABILIDADE.
Durmo assim, sonhando com outro mundo possível.
Bons son(h)os!!!!!!
Belém, ETDUFPA, 06/04/ 2010.



terça-feira, 6 de abril de 2010

EU SOU COMPLETAMENTE ABSURDAMUDA


Teatro do absurdo foi um termo criado pelo crítico austríaco Martin Esslin, tentando colocar sob o mesmo conceito obras de dramaturgos completamente diferentes, mas que tinham como centro de sua obra o tratamento de forma inusitada da realidade. É uma designação de peças escritas por um determinado número de dramaturgos europeus principalmente no final dos anos 1940, 1950, e 1960, bem como ao estilo de teatro que tem evoluído a partir de seu trabalho. É uma forma do teatro moderno que utiliza para a criação do enredo, das personagens e do diálogo elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e sociedade. O inaugurador desta tendência teria sido Alfred Jarry (Ubu Rei 1896).
A expressão foi cunhada por Martin Esslin, que fizera dela o título de um livro sobre o tema publicados pela primeira vez em 1961 e posteriormente revisto em duas edições, a terceira e última edição foi publicada em 2004, no opúsculo com um novo prefácio do autor. Na primeira edição de "O Teatro do Absurdo", Esslin viu o trabalho destes dramaturgos como dando a articulação artística Albert Camus "filosofia" de que a vida é intrinsecamente sem significado, como ilustrado em sua obra "O Mito de Sísifo". Embora o termo é aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: uma ampla comédia, muitas vezes semelhantes ao Vaudeville, misturado com imagens horríveis ou trágicos as personagens capturadas em situações sem remédio forçado a fazer repetitivo ou sem sentido; acções diálogo cheio de clichês, jogo de palavras, e um disparate; parcelas que são cíclicos ou absurdamente expansiva; quer uma paródia ou a demissão do realismo e do conceito de "bem-feito play". Na primeira (1961) edição, apresentou os quatro Esslin definindo o movimento de dramaturgos como Samuel Beckett, Arthur Adamov, Eugène Ionesco, e de Jean Genet, e em posteriores edições, acrescentou uma quinta dramaturgo, Harold Pinter, embora cada um destes escritores tem únicas preocupações e técnicas que vão além do termo "absurdo". Outros escritores quem Esslin associadas a este grupo incluem Tom Stoppard, Friedrich Dürrenmatt, Fernando Arrabal, Edward Albee, e Jean Tardieu.
Os seus representantes mais importantes são, além dos já citados, Ionesco, G. Schahadé, Antonin Artaud e J. Audiberti, na França, Günther Grass e Hildersheimer, na Alemanha.
No Brasil, destaca-se José Joaquim de Campos Leão (1829-1883), nascido no Rio Grande do Sul, conhecido como Qorpo Santo. Cronologicamente ele é o pai do absurdo e entre suas obras estão "Certa identidade em busca de outra", "Marido extremoso" e "Mateus e Mateusa". rs



Acessado em 06/04/2010.
Foto: Obra de René magritte

GTU/ 3° DIA – (30/03/10)


(Abriu- se noite...)
FILA INDIANA (GRRRRAAAAAANDE FILA!!)
PORTA ENTREABERTA
LISTA.
EUFORIA.
SILÊNCIO!!! POR- FA-VOR, galera!!...
RECEPÇÃO TRANSVERSA
DE 1 A 7, RESPIRAÇÃO, FOCO, CORPOS EMPAREDADOS
SÉRIE.
CABEÇA QUE VÊ NUCA, OMBRO QUE ARRASTA TRANÇA
PÉS NO CHÃO E NO AR.
COSTA COM PEITO, ROSTO NA ROUPA
NARIZ, BOCA NO OUVIDO, ESTOURO NASALAR: ECO
PRENSSAGEM,SÚBITA ANGUSTIA
SOLO TEXTO, SUSPIRO, AVESSO... SUSPENSO, SUSPIRO.
BRAÇO COM PERNA, OLHO QUE TROÇA, DEDO QUE TEME
PASSO TÊNUE, NUVEM.
VÁCUO.
CONSCIÊNCIA, PERCEPTO MÍNIMO, ‘MAXDERIVAÇÃO’
TRÁFEGO, CONTRAMÃO, SINISTRO
MAQUINÁRIO, DIVISO E DIFUSO, EXERCÍCIO
“EXÉRCITO” EM FORMAÇÃO.
E eu daqui pensando: que coisa linda ver o teatro sobreviver e renascer lindo, breve e gigante em cada um de nós. Algo digno da posteridade!!
Hj eu conheci o Alex, a Jaqueline, e o!!! a!!!... mas tdo bem, sou persistente, é d-e-v-a-g-a-r...

E por falar em segundo dia...

"É tudo estranho, amigo! Parece que de repente tudo ao redor ficou pequeno demais: a sala, os passos, os braços abertos, a luz restrita, o ar rarefeito. Respirar inteiro e ao mesmo tempo pela metade (o ar do lugar é dividido em mais de 80 "pedaços", acredita, mano?!) Pela metade é bom, pra pensar melhor na gente, pra disponibilizar a boca, o nariz, o ouvido pra novos ares, olhares, sabores e outros beijos... num desses quem sabe a gente beija a gente mesmo, né? Quem sabe!!
O trabalho desse dia foi gostoso: teve cor, riso, muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitttttooooooooooossssssss sapatos no canto, mochilas colocadas criteriosamente pra ganhar mais "campo" pro corpo, celures desligados, corpo moleque brincante, roda e ciranda, GRUPOS DE 4, 8, 16, 32, que nem te conto !!!rrr
Quem lembra? "_ Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar..."- parece que foi ontem...mas faz tempo e como faz!
Focar o outro, eleger, caminhar até ele, ir de verdade, entrar nele se possível for.
Magritte falava de objetos dentro de pessoas, pessoas compondo objetos e tudo isso virando obra. O grande círculo me remete à ciranda da palavra que não diz e isso me aciona imagens do tempo em que a palavra era mestra pra mim. Lembranças, nada mais que isso.
De repente também, somos "levados" ao corpo que se expande, fica grande, terno e com máscara de eterno que sucumbe à esperada expiração.
Tempo de relaxar e sentir o corpo pedir pra parar porque amanhã... amanhã é outro tempo, um tewmpo que não é do hoje que requisita, tão somente descansar em si.
Eu conheci o Starllone e o Maycon. O Roberto e a Aline conheci no dia anterior e hj já os reconheci.
Teve o Marrat e sua câmera, ou melhor diria 'tinha uma cãmera com seu Marrat'.rrr

Fez - se noite no 2º dia!"

E por falar em dia, a FRASE DO DIA pela palavra do meu mano velho Mailson Soares:

"EU SOU CATÓLICA, MAS O QUE EU GOSTO MESMO É DE LAZANHA!!!!kkkkkkkkkkkk"


quinta-feira, 25 de março de 2010

Enfim, juntos!!!!

"Todo começo tem disso, esse não poderia ser diferente...
ERA UMA VEZ, UMA COMPANHIA DE TEATRO!!
ERA UMA VEZ O IN- FER- NO!!!!!'
83 pessoas suando e surtando juntas no mesmo espaço: missão pra doido. Quer fato mais absurdo que fazer aquecimento na sala de corpo com 83 corpos transpirando e disputando o mesmo O2. Fala sério!!!"
ACOLHIMENTO- CORPO- NOVIDADE- OLHO GRANDE- CARAS DIFERENTES "ESTRANHAS"... é O GTU dando as boas vindas AOS "PARENTES", MANOS DE ANTES E DO A PARTIR DE ENTÃO, um olá a todos que comporão a sua trajetória em 2010.

Que outros venham, ou melhor:
QUE ESSES CONSIGAM FICAR... Palavra de quem sofreu com muitas portas fechadas e aulas da janela.
É O FENÔMENO DA PORTA ESTREITA. E FALANDO NISSO...

E assim se fz noite e foi- se foi o primeiro dia, 23/10/2010...