terça-feira, 6 de abril de 2010

EU SOU COMPLETAMENTE ABSURDAMUDA


Teatro do absurdo foi um termo criado pelo crítico austríaco Martin Esslin, tentando colocar sob o mesmo conceito obras de dramaturgos completamente diferentes, mas que tinham como centro de sua obra o tratamento de forma inusitada da realidade. É uma designação de peças escritas por um determinado número de dramaturgos europeus principalmente no final dos anos 1940, 1950, e 1960, bem como ao estilo de teatro que tem evoluído a partir de seu trabalho. É uma forma do teatro moderno que utiliza para a criação do enredo, das personagens e do diálogo elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e sociedade. O inaugurador desta tendência teria sido Alfred Jarry (Ubu Rei 1896).
A expressão foi cunhada por Martin Esslin, que fizera dela o título de um livro sobre o tema publicados pela primeira vez em 1961 e posteriormente revisto em duas edições, a terceira e última edição foi publicada em 2004, no opúsculo com um novo prefácio do autor. Na primeira edição de "O Teatro do Absurdo", Esslin viu o trabalho destes dramaturgos como dando a articulação artística Albert Camus "filosofia" de que a vida é intrinsecamente sem significado, como ilustrado em sua obra "O Mito de Sísifo". Embora o termo é aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: uma ampla comédia, muitas vezes semelhantes ao Vaudeville, misturado com imagens horríveis ou trágicos as personagens capturadas em situações sem remédio forçado a fazer repetitivo ou sem sentido; acções diálogo cheio de clichês, jogo de palavras, e um disparate; parcelas que são cíclicos ou absurdamente expansiva; quer uma paródia ou a demissão do realismo e do conceito de "bem-feito play". Na primeira (1961) edição, apresentou os quatro Esslin definindo o movimento de dramaturgos como Samuel Beckett, Arthur Adamov, Eugène Ionesco, e de Jean Genet, e em posteriores edições, acrescentou uma quinta dramaturgo, Harold Pinter, embora cada um destes escritores tem únicas preocupações e técnicas que vão além do termo "absurdo". Outros escritores quem Esslin associadas a este grupo incluem Tom Stoppard, Friedrich Dürrenmatt, Fernando Arrabal, Edward Albee, e Jean Tardieu.
Os seus representantes mais importantes são, além dos já citados, Ionesco, G. Schahadé, Antonin Artaud e J. Audiberti, na França, Günther Grass e Hildersheimer, na Alemanha.
No Brasil, destaca-se José Joaquim de Campos Leão (1829-1883), nascido no Rio Grande do Sul, conhecido como Qorpo Santo. Cronologicamente ele é o pai do absurdo e entre suas obras estão "Certa identidade em busca de outra", "Marido extremoso" e "Mateus e Mateusa". rs



Acessado em 06/04/2010.
Foto: Obra de René magritte

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