quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vazio


"[...] é qualquer coisa de inominável e intraduzível, aquilo que se sente qunsdo algo não está em nós.

Falta.

Ausência.

Ou o muito que nos silencia contra o próprio silêncio.

Uma sensação, um gosto, gastura, sei lá.

A hipótese não testada, a hipótese gestada e não parida.

A gente sem a gente em algum lugar de nós mesmos."
O VIRTUAL É REAL E O REAL É ABSURDO!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Imagens Absurreais!!! Minhas prediletas...





























































Coisas de Magritte... conversas com a visualidade

GTU em 11/05/2010

"[...] Telas surreais nas quais se grifam imagens dispares "estranhamente emolduradas" nas quais figuram bonecos, manequins, maçãs, objetos diários com toques de obscuridade, com toque sombrio predominante e voluptuoso.
Em quatro espaços na tela o mesmo cenário e em apenas um deles um homem figura solitário levando- me a pensar que sua existência é o vazio e que se não estivesse ali o quadro por si mesmo seria a obra.
Em René Magritte lemos: desespero, tenacidade, mãos largas e rudes, recorte, vazamento, simultaneidade. A cena realística cortada pela ilusão que o artista imprime em cada traço.
Simultaneamente: cenas absurdas e efêmeras, tempo-passagem; céu, nuvens, salto mental do MUNDO INTERNO PARA O EXTERNO E DO EXTERNO PARA O INTERNO ( uma locomotiva na chaminé desloca nossa imaginação numa viagem infinda de possibilidades por dentro dela.
O rosto do homem na nuca aciona o olhar para dentro, ambiguidade: há um observador invisível?! Quem o observa? Quem observo e quem me observa?!
Objeto sobre objeto, justaposição, transposição irreal.
Imagens vem e vão, são recorrentes e divagam nele e em mim: leão, homem, árvore, luar, céu azul com nuvens brancas, nu feminino, alteração do tamanho dos objetos, rompimento de convenções.
"A rosa enorme dentro do quarto toma posse dos sentidos e emoções do espectador". Corpo decapitado, chapéu-coco, terno nobre e elegante, sacada de pedra, são outras que ficam.

O absurdo nas telas de Magritte é dele e é nosso, de outrora e contemporâneo como a tela deste computador.

Essa me dá as suas visões de mundo, as telas de René me dão a dimensão de mim.

Eu não as elejo, elas sim, me convidam a olhar e sentir, sentir e olhar de novo... olhar, olhar, olhar."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Apresentando a equipe dinamizadora do GTU em 2010


Dentro do projeto, a equipe está dividida em coordenações que comandam subequipes de trabalho em áreas específicas em diálogo com a coordenação geral do projeto. Abaixo os cargos, os nomes e as funções:


Coordenação do projeto – Ives Oliveira
Tem como objetivo cuidar para que cada coordenador de área específica mantenha os compromissos acordados no projeto, levando em consideração os objetivos, metas, cronograma e orçamento, bem como manter a expectativa do resultando esperado, satisfazendo o elenco, patrocinadores, curadoria e equipe;


Assistência de projeto – Patrícia Zulu
Auxilia o coordenador de projetos nas suas atribuições, faz a ligação entre as demais coordenações e é responsável pelas atividades administrativas do projeto;


Coordenação de dramaturgia – Rosilene Cordeiro
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco selecionam textos dramáticos para estudos e discussão entre todos, e incentivam a composição dramatúrgica de acordo com as necessidades da encenação;


Coordenação de teatro – Ana Marceliano Nunes
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e preparador corporal realiza pesquisa de exercícios corporais, voz e dicção, jogos teatrais e dinâmicas de grupo, adequados a necessidade do trabalho e da encenação, bem como aplicação destes ao elenco;


Coordenação de visagismo – Esmael Raymon
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco criará o visual, discriminado em maquiagem, cabelo e acessórios;


Coordenação de figurino – Hilssy de Nazareth
Responsável pela equipe que junto com a direção e elenco desenha e/ou providencia o figurino, de acordo com as necessidades da encenação;


Coordenação de cenografia – Álvaro de Sousa
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco projeta os adereços e cenário, e supervisiona a construção, pintura e instalação deste;


Coordenação de música – Diego Vattos
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco criará a sonorização da cena, bem como a pesquisa de instrumentos de acordo com a necessidade de encenação;


Coordenação de iluminação – Marckson de Moraes
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco criarão projetos de luz para a cena;


Coordenação de vídeo – Marcelo Marat
Responsável pela equipe que juntamente com a direção e elenco constroem roteiro de cenas e ações para o vídeo a partir de pesquisa no contexto da encenação e outras fontes;


Coordenação de pesquisa, estudo e discussão – Giovana Miglio
Responsável pela equipe que juntamente com a direção realiza pesquisa de comunicações que versem sobre a temática do projeto, organiza e promove o estudo e discussão entre os participantes, incentiva e controla os registros do processo (diário de bordo);


Pesquisador convidado – Erllon Viegas
Realiza o registro etnográfico do processo;

Dentro da encenação, da montagem da instalação cênica prorpiamente dita, a equipe está dividida em direções de áreas específicas em acordo com a direção geral. Abaixo os cargos, os nomes e as funções:


Direção geral – Ives Oliveira
Responsável pela coordenação geral de todos os aspectos envolvidos com a encenação, em conjunto com todas as direções específicas;


Direção de elenco – Rosilene Cordeiro
Responsável de ensaiar o elenco, em acordo com decisões em conjunto com a direção geral;


Direção de palco – Ana Marceliano Nunes
Responsável pela sincronia da encenação entre todas as suas áreas, bem como a organização de atores em cena, as luzes, o som, cenário, adereços, vídeo e contra-regragem;


Direção musical – Diego Vattos e Rubens Santa Brígida
Responsável pela organização dos sons dentro da encenação;


Direção de vídeo – Marcelo Marat
Responsável por todas as etapas da criação do vídeo, desde a especificação do equipamento necessário, passando pelo posicionamento dos instrumentos e pessoas durante a gravação, até a edição;


Direção de arte – Álvaro de Sousa
Responsável pela concepção visual, orientando os trabalhos cenografia, figurino e visagismo, a fim de obter uma coerência visual;


Assistência de direção – Breno Monteiro
Auxilia a direção em todas as suas atribuições, facilitando o diálogo entre esta e produção que resulta na criação de condições para o trabalho de ambas;


Produção – Patrick Pimenta
Responsável pelos aspectos administrativos, financeiros, de marketing e publicidade;


Preparador Corporal – Leandro Haick
Responsável pela equipe que juntamente com a direção, propõem e aplica exercícios físicos de experimentação em diversas técnicas corporais;


Músicos – Diego Vattos, Gabriela Maurity, Ramón Rivera, Rubens Santa Brígida e Wanessa Solli
Responsável pela reprodução da trilha sonora durante a encenação;


Consultoria – Edson Fernando
Ajuda a equipe na busca da melhor maneira de resolver problemas específicos, dando conselhos ou pareceres acerca do assunto.


As funções foram discutidas e acordadas em reunião com toda equipe.


Disponível em http://aeionesco.blogspot.com/2010/04/se-apresentando.html
Postado por Ives Nelson.
Publicado sábado, 10 de abril de 2010.

domingo, 9 de maio de 2010

A mulher utilitária e o objeto inútil- GTU 06/05/2010

"Querido diário,

Hoje saí de casa sem pressa, com meu guarda-chuva caricato à mostra... ganhei as ruas e a atenção da "cidade" que me viu descontraída com ele na mão.
Por que um objeto inútil? Que dizer de um guarda-chuva vazado numa tarde chuvosa justamente para qual ele havia sido pensado em sua funcionalidade subalterna?!

Chovia fino. O que uma pessoa aparentemente sã como eu fazia com aquele objeto estranho e inútil, às voltas numa tarde nebulosa e fria como aquela?rr
Sair sem pressa não significa ir devagar, significa não atropelar o tempo pra sentir a vida atravessar a gente com suas olhadelas de paquera...
Passadas largas: 01 ônibus+outro ônibus+trânsito parado+ balanço no ônibus= relógio correndo.
Às 18h40 portas abertas, enfim!
Grupo concentrado no exercício da raíz.
Um, dois, três: salto! Exército de volta a campo, marcha, máquinas, sincronia fugídia: imprecisão, loucura, surto, falta de ar.
o rítmo cadencia os corpos passantes naquela sala também levemente fria. O Renato parece mexido, respira veloz, trepidando e apertando os olhos.
A Luciana assopra pra respirar melhor; tem quem limpa o rosto, quem enxuga a face, quem morde os lábios: teatro é isso, puro e totalmente sensação, sentido!
Deitados exatamente "aí!", pernas alongadas, contração do abdômen.
A Flávia tirou o adereço do cabelo para os dedos tingidos de coral sentirem melhor o chão. Deitada ali eu a vi toda menina e toda obediente como o teatro nos solicita em busca de sua feitura.
É bom vê-la crecente, resistindo a tudo com entrega e despojamento.
Dor é um fato, um ato, uma opção.

Quatro grupos (7+9+9+9) prontos pra jogar...
Hoje só tem 54?
Já estou me acostumendo às multidões.rrr
É impossível desconsiderar o tempo, o fluxo, o desejo e a demanda de quem está aqui.

Ah! O Roberto ligou pra avisar que está doente, esqueci de avisar...foi mal!!
precisei ir, aula da Karine, não dá pra perder. Tenho uma monografia pra escrever.
A mulher utilitária volta a cena...."

"Absurdamuda incomunicabilidade humana!!!"

"6h30- Acordo às pressas;
Manhã- Rotina intensa, minha casa em obras, rua interditada, trabalho, muito trabalho: atendimentos diversos na escola.
E O GTU COM ISSO?!
Informes, recados, reunião, agenda apertada, conflitos pra resolver;
Às 12h30 almoço às pressas... entre TIM e OI pra atender.
Às 14h filho no dentista.
Às 16h30 ligam da escola: meu filho diabético com enxaqueca. Corri pra escola, peguei um táxi, voltei pra casa às pressas...
E O GTU COM ISSO?!
ÀS pressas: filho recuperado, pego roupa
de ensaio, guarda-chuva, chuva torrencial; itinerário do ônibus mudado, minha rua interditada, alagamento, caos no trãnsito na saída de icoaraci.
E O GTU COM ISSO?!
Chego na ETDUFPA às pressas, às 18h45, portas fechadas...
Entender?! Claro...
Insisti o quanto pude, depois entendi: O GTU NÃO TEM NADA A VER COM A MINHA VIDA.
Vim unicamente pro ensaio pois tenho plantão às 19h00 em Outeiro...
Voltei ás pressas, PRA OUTEIRO!!
Finalmente entendi!
Compreendi que eu é que preciso rever minhas prioridades."

E foi assim o dia 04/05/2010

Bem vindos ao teatro do absurdo!!


Conversamos sobre o projeto.
Agora não tem volta: o inusitado espera por nós!!!!!!!!!!!!!!!
"Apalavra não diz, TAGARELA!!!" (Eugene Ionesco)