segunda-feira, 19 de abril de 2010

Outros olhares do "nosso lugar"... GTU em cena

7º Dia de Encontro

Grupo em polvorosa freneticamente distribuído em 5 subgrupos de puro suor e riso.
Corpos separados por uma tênue camada de espera.
Em cena, corredores humanos perfazendo um só percurso: movimentos sincronizados e palavras embalam o exercício de aquecimento.
"EU ESTOU AQUI!" é a palavra de ordem do grupo 1. Vamos juntos, agitados, imprecisos e ofegantes em busca do lugar a frente. Somos muitos... Um no todo que desliza breve e imperativo.
Corpos entrelaçados por uma narrativa fria, ecos ressoam...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

corpo- palavra, palavra-corpo,corpolava, copolavra, LAVRACORPO palacorp...


6º dia- noite ou noite dia do GTU em cena


QUE BOM!


Uso da palavra de diferentes formas e em diferentes contextos, silêncio, tensão silenciosa, jogos explorados de forma interativa e dinâmica, trabalho de alto teor coletivo, improvização colaborativa, participação expressiva do grupo em cada momento dos exercícios propostos, bom aproveitamento do tempo, deixar uma questão "suspensa" (cenas para a presentação no ensaio seguinte) estimulando opensar a ação.


QUE TAL?Trabalhar de forma mais dialogada com os preparadores corporais e que as atividades de aquecimento desenvolvidas por eles já tenham uma relação com a proposta a ser trabalhada no dia lincando objetivos, trabalhar menos jogos e ter maior aproveitamento, refazer os exercícios propostos na perspectiva de aprimorá- los, conter as palmas que acabam "distraindo" bem mais que favorecendo o olhar criterioso gerando novas e crescentes aprendizagens, fundamentar teoricamente a metoestou adotada aprofundando conceitos de incomunicabilidade e significados/ funções da linguagem.

PALAVRA DISPARADA: COTIDIANO


COTIDIANO

COTIANO

CONTIADINO

CONTI

CONTO

ANO, ANO, ANO

DIA, DIA, ANO, ANO

COTA, NOTA, CONTINUANDO...

A palavra é: "cotidiano". COTIDIANO comunica


Histórias de bichos

1- Fiquei olhando para o cachorro com simpatia, depois que o dono me disse que ele era de uma raça polar que trazia na sua composição genética/ a disposição para enfrentar ursos, mas tinha que viver trancado no apartamento./ Teríamos muito sobre o que conversar, o cachorro e eu. Lhe confessaria a minha suspeita de que eu também não estava cumprindo meu destino biológico na Terra.

2- Uma vez demos um hamster para as crianças/ e o hamster fugiu da sua gaiola e desapareceu / dentro de uma estante de livros./ Nunca mais foi encontrado./ Durante muito tempo imaginamos que ele reapareceria/ e voltaria gordo e cambaleante, para a sua gaiola./ Atrás do que também nos falta:/ tempo e paz para digerir os / que consumimos com mais voracidade do que método. /Mas o hamster nunca reapareceu. /Desconfiamos que morreu de excesso de cultura.

3- Um amigo me contou/ que seguira os rastros de uma falange de / atravez da sua biblioteca./ Os cupins tinham atravessado coleções inteiras, /capas duras e brochuras,/ deixando atras de si um único túnel/ contínuo e caprichado./ Só tinham interrompido sua marcha uma vez:/ para devorar uma ilustração de pagina inteira ,um dos volumes./ Segundo o meu amigo, a ilustração era de uma biblioteca.

4- Minha infância foi sem bichos mas certa vez/ um gato começou a frequentar, por sua conta, nosso quintal./ Era todo branco e tinha um olho azul e o outro cinza./ Ficou durante anos, nunca entrou na casa e um dia desapareceu,/ tão misteriosamente quanto aparecera./ Talvez tivesse sido alertado pelo nome que lhe demos/ « Bobi »./ Claramente, não éramos pessoas/ com as quais queria ter muita intimidade./

5- Nossos filhos ganharam de presente uma boxer, que chamaram de Rosinha./ A Rosinha cresceu sem muitos cuidados, e fora da casa./ O que deve tê-la marcado, psicologicamente./ Tanto que nas raras vezes em que permitíamos que ela entrasse na casa,/ ou que ela escapava para dentro, tornava-se frenética/ Entrava correndo, derrubando tudo e fazendo xixi por onde passasse,/ inclusive nos pés das visitas./ Era o contrário de cachorro de apartamento:/ liberdade, para ela, era sair da rua e entrar na casa,/ o que também lhe dava a ilusão adicional de ser parte da família./ É claro que não ficou muito tempo conosco./ Não me lembro qual foi seu destino./ E é preciso dizer que no caso de alguns visitantes, /ela só fazia nos seus pés o que a boa educação nos impedia de fazer./

6- Outro amigo contou que, numa visita a um museu de História Natural, apontou um esqueleto de dinossauro e disse para o filho menor que o bicho estava extinto havia 100 milhões de anos. E o filho perguntou : «Isso dá quanto em idade de gente ? »

Disponível em: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/08/06/historias-de-bichos-211680.asp
Acessado em 15/4/2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Relatos de uma ausente - 5º Encontro



A coluna tava uma merda literal!!! Dormi mal, muito mal e a custa de analgésicos, vários. Mas o que seria de nós, pobres atores faltosos sem a tecnologia e os bons amigos que tem máquina fotográfica!!!!
O Patrick é meu amigo e, a propósito, temmáquina fotográfica, assim...
"A AULA" Por uma atriz- ausente, gentilmente cedida por seu amigo mui caro Patrick Pimenta!!
























"São 18 horas!"


Quarto dia...
Meu querido amigo público DIÁRIO!!

Correria de sempre. Não adiantou.

Entramos alguns minutos atrasados pois a turma do Curso Técnico atrasou sua saída!!rrrrrr (E a metereologia adverte: MOTIVO BOM PRA CONHECER AS PESSOAS!!!)

Mas parece que isso foi gás pra atraso da gente também.

A turma se es-bal-dou numa quadrilha e numa dança que poderia , inclusive varar a noite... de tão boa q tava!!

Numa sequência às avessas um corpo que vai ao chão e que "revive" seus dias de bebê à fase adulta, experimentando isso a 2, 4 15, 35, 72, 80... Ufa!

Senti falta do Ilaroque e do Roberto. Já identifico a Luciana, O josé, conheci o Renato, o Alex, a Grazi, a Marília e a Isabelle. Acho que a gente passa a conhecer as pessoas quando consegue sentir a falta delas na multidão...

"Jogos de marinheiro", disputa em cena e guarda- chuva na roda: incêncio na floresta, mina, fundo do mar, outro planeta, enfin. Tudo vale pra "combater".

Guarda- chuva do carnaval, e outro com uma inscrição de nome JOSÉ. Tem um José no grupo e acho que ele será um bom aliado.
Hoje o Alex falou do medo e da sua timidez. O Maycon ficou surpreso quando ouviu seu nome ressoar na sala e dividiu também conosco suas impressões sobre o dia de hoje.
Verbalizar é um privilégio num tempo de profunda e quase INCOMUNICABILIDADE.
Durmo assim, sonhando com outro mundo possível.
Bons son(h)os!!!!!!
Belém, ETDUFPA, 06/04/ 2010.



terça-feira, 6 de abril de 2010

EU SOU COMPLETAMENTE ABSURDAMUDA


Teatro do absurdo foi um termo criado pelo crítico austríaco Martin Esslin, tentando colocar sob o mesmo conceito obras de dramaturgos completamente diferentes, mas que tinham como centro de sua obra o tratamento de forma inusitada da realidade. É uma designação de peças escritas por um determinado número de dramaturgos europeus principalmente no final dos anos 1940, 1950, e 1960, bem como ao estilo de teatro que tem evoluído a partir de seu trabalho. É uma forma do teatro moderno que utiliza para a criação do enredo, das personagens e do diálogo elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e sociedade. O inaugurador desta tendência teria sido Alfred Jarry (Ubu Rei 1896).
A expressão foi cunhada por Martin Esslin, que fizera dela o título de um livro sobre o tema publicados pela primeira vez em 1961 e posteriormente revisto em duas edições, a terceira e última edição foi publicada em 2004, no opúsculo com um novo prefácio do autor. Na primeira edição de "O Teatro do Absurdo", Esslin viu o trabalho destes dramaturgos como dando a articulação artística Albert Camus "filosofia" de que a vida é intrinsecamente sem significado, como ilustrado em sua obra "O Mito de Sísifo". Embora o termo é aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: uma ampla comédia, muitas vezes semelhantes ao Vaudeville, misturado com imagens horríveis ou trágicos as personagens capturadas em situações sem remédio forçado a fazer repetitivo ou sem sentido; acções diálogo cheio de clichês, jogo de palavras, e um disparate; parcelas que são cíclicos ou absurdamente expansiva; quer uma paródia ou a demissão do realismo e do conceito de "bem-feito play". Na primeira (1961) edição, apresentou os quatro Esslin definindo o movimento de dramaturgos como Samuel Beckett, Arthur Adamov, Eugène Ionesco, e de Jean Genet, e em posteriores edições, acrescentou uma quinta dramaturgo, Harold Pinter, embora cada um destes escritores tem únicas preocupações e técnicas que vão além do termo "absurdo". Outros escritores quem Esslin associadas a este grupo incluem Tom Stoppard, Friedrich Dürrenmatt, Fernando Arrabal, Edward Albee, e Jean Tardieu.
Os seus representantes mais importantes são, além dos já citados, Ionesco, G. Schahadé, Antonin Artaud e J. Audiberti, na França, Günther Grass e Hildersheimer, na Alemanha.
No Brasil, destaca-se José Joaquim de Campos Leão (1829-1883), nascido no Rio Grande do Sul, conhecido como Qorpo Santo. Cronologicamente ele é o pai do absurdo e entre suas obras estão "Certa identidade em busca de outra", "Marido extremoso" e "Mateus e Mateusa". rs



Acessado em 06/04/2010.
Foto: Obra de René magritte

GTU/ 3° DIA – (30/03/10)


(Abriu- se noite...)
FILA INDIANA (GRRRRAAAAAANDE FILA!!)
PORTA ENTREABERTA
LISTA.
EUFORIA.
SILÊNCIO!!! POR- FA-VOR, galera!!...
RECEPÇÃO TRANSVERSA
DE 1 A 7, RESPIRAÇÃO, FOCO, CORPOS EMPAREDADOS
SÉRIE.
CABEÇA QUE VÊ NUCA, OMBRO QUE ARRASTA TRANÇA
PÉS NO CHÃO E NO AR.
COSTA COM PEITO, ROSTO NA ROUPA
NARIZ, BOCA NO OUVIDO, ESTOURO NASALAR: ECO
PRENSSAGEM,SÚBITA ANGUSTIA
SOLO TEXTO, SUSPIRO, AVESSO... SUSPENSO, SUSPIRO.
BRAÇO COM PERNA, OLHO QUE TROÇA, DEDO QUE TEME
PASSO TÊNUE, NUVEM.
VÁCUO.
CONSCIÊNCIA, PERCEPTO MÍNIMO, ‘MAXDERIVAÇÃO’
TRÁFEGO, CONTRAMÃO, SINISTRO
MAQUINÁRIO, DIVISO E DIFUSO, EXERCÍCIO
“EXÉRCITO” EM FORMAÇÃO.
E eu daqui pensando: que coisa linda ver o teatro sobreviver e renascer lindo, breve e gigante em cada um de nós. Algo digno da posteridade!!
Hj eu conheci o Alex, a Jaqueline, e o!!! a!!!... mas tdo bem, sou persistente, é d-e-v-a-g-a-r...

E por falar em segundo dia...

"É tudo estranho, amigo! Parece que de repente tudo ao redor ficou pequeno demais: a sala, os passos, os braços abertos, a luz restrita, o ar rarefeito. Respirar inteiro e ao mesmo tempo pela metade (o ar do lugar é dividido em mais de 80 "pedaços", acredita, mano?!) Pela metade é bom, pra pensar melhor na gente, pra disponibilizar a boca, o nariz, o ouvido pra novos ares, olhares, sabores e outros beijos... num desses quem sabe a gente beija a gente mesmo, né? Quem sabe!!
O trabalho desse dia foi gostoso: teve cor, riso, muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitttttooooooooooossssssss sapatos no canto, mochilas colocadas criteriosamente pra ganhar mais "campo" pro corpo, celures desligados, corpo moleque brincante, roda e ciranda, GRUPOS DE 4, 8, 16, 32, que nem te conto !!!rrr
Quem lembra? "_ Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar..."- parece que foi ontem...mas faz tempo e como faz!
Focar o outro, eleger, caminhar até ele, ir de verdade, entrar nele se possível for.
Magritte falava de objetos dentro de pessoas, pessoas compondo objetos e tudo isso virando obra. O grande círculo me remete à ciranda da palavra que não diz e isso me aciona imagens do tempo em que a palavra era mestra pra mim. Lembranças, nada mais que isso.
De repente também, somos "levados" ao corpo que se expande, fica grande, terno e com máscara de eterno que sucumbe à esperada expiração.
Tempo de relaxar e sentir o corpo pedir pra parar porque amanhã... amanhã é outro tempo, um tewmpo que não é do hoje que requisita, tão somente descansar em si.
Eu conheci o Starllone e o Maycon. O Roberto e a Aline conheci no dia anterior e hj já os reconheci.
Teve o Marrat e sua câmera, ou melhor diria 'tinha uma cãmera com seu Marrat'.rrr

Fez - se noite no 2º dia!"

E por falar em dia, a FRASE DO DIA pela palavra do meu mano velho Mailson Soares:

"EU SOU CATÓLICA, MAS O QUE EU GOSTO MESMO É DE LAZANHA!!!!kkkkkkkkkkkk"